
A primeira constatação que gostaria de fazer é a diferença entre o consumo e o consumismo. O primeiro trata-se de adquirir bens necessários à sobrevivência; o segundo refere-se à aquisição de produtos além da necessidade, apenas por vaidade.
Acredito que o poema fala claramente do consumismo, do marketing excessivo das marcas pressionando as pessoas todos os dias a possuírem algo que elas, antes, não estavam interessadas.
Mas, particularmente, considero hipocrisia ignorar o fato de que existem mais de um ponto de vista e “mil e uma” personalidades espalhadas pelo mundo. Então é claro que a influência da propaganda comercial que incentiva ao consumismo vai depender da própria personalidade de cada indivíduo.
Todos sofrem igualmente os efeitos do capitalismo excessivo, da globalização, da explosão de comerciais e da variedade demasiada de marcas a disposição no mercado. Mas assim como, por exemplo, alguns fumam e outros não, o resultado deste “bombardeio” varia de pessoa para pessoa. Existem pessoas mais resistentes a isso e outras mais influenciáveis. Umas, com necessidade constante de integração na sociedade, apelam para a moda e outras não sentem a mesma necessidade de “estar no meio”.
Outro ponto importante que gostaria de destacar é que não adianta criticar repetidamente as marcas. Elas vivem do sistema capitalista assim como nós e precisam da propaganda para sobreviver. Também não adianta tentar abolir as marcas, porque tudo, repito, tudo que existe tem uma marca e, perdão a possível grosseria, mas ninguém vai andar pelado, não comer ou não beber por não querer fazer parte desse sistema que passou dos limites. Todos precisam consumir para sobreviver, então encaro a crítica do autor como exagerada e generalista. Novamente digo que existe uma diferença entre o consumo e o consumismo, entre escolher os produtos por gosto, ignorando a marca (podendo, coincidentemente, vir a escolher um produto de marca prestigiada) e escolher “a marca ao invés do produto em si”. Até porque quando alguém escolhe o produto por gosto, independente da marca que escolher, já está fazendo uma escolha, deixando de perder sua personalidade/identidade por isso.
Por fim, concluo voltando ao princípio, onde disse que há muitas personalidades consideradas, informalmente, “fortes” ou “fracas” destacando que não deve existir a generalização e onde disse que a centralização do mercado é fruto de um sistema que a maioria alimenta e, francamente, “não vive sem”. Como disse Charlie Brown Jr: “A sociedade prega o bem, mas o sistema só alimenta o que é mau”.
Comentários:
Maira da Silva
Mariá Nunes
Ba Betinha, teu texto ta muito bom, curti muito o jeito como tu expos teu ponto de vista, talvez eu nao concorde totalmente com algumas coisas que tu falou, mas é verdade o fato de tudo ter uma marca e o mercado tambem precisar de nós para que ele ''ande'' né, afinal ele tambem faz parte desse sistema haha.
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