O ambiente tem sido um tópico constantemente discutido, principalmente, nos últimos tempos. E, antes de nos perguntarmos o motivo, creio que a maioria de nós já possui a resposta em mente.Que a intervenção humana no ecossistema é a causa dos principais problemas ambientais no planeta todos sabemos, ou deveríamos saber. A questão é: falamos diariamente sobre os desequilíbrios que nascem em conseqüência sem, na maior parte dos casos, saber dos assuntos específicos sobre os quais estamos argumentando. Assim, a seguir cito alguns dos principais tópicos que afetam a saúde do planeta.
• O efeito estufa define-se como o fenômeno originado do aprisionamento da energia solar que deveria ser “devolvida” para o espaço, mas permanece na atmosfera devido ao aumento da concentração dos gases estufa. Alguns ocorrem naturalmente, como, por exemplo, o vapor da água (H2O), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e o ozônio (O3);
• Segundo dados do IBGE de 1989, cada brasileiro produz, em média, 600g de lixo diário ou 219kg por ano resultando em 43.800.000.000kg de lixo ao ano, considerando a população brasileira como, aproximadamente, 200 milhões de habitantes. Do lixo coletado, apenas 28% recebe tratamento ou disposição final. Os 72% restantes vão para despejo a céu aberto nos lixões, auxiliando na proliferação de vetores biológicos causadores de doenças;
• Em 1940, o consumo mundial de água potável era de 1 trilhão de litros por ano. Em 1960, já estava em 2 trilhões. Em 1990, 4 trilhões. Em 2000 era de 5 trilhões por ano. O limite de 9 trilhões de litros, estimado por órgãos internacionais, deve ser alcançado em 2015.
• Algumas espécies da fauna brasileira estão extintas e outras em risco. De acordo com o IBGE, há pelo menos 330 espécies ameaçadas de extinção. As principais causas da extinção das espécies são a destruição de habitats, a caça e a pesca predatórias, a inclusão de espécies estranhas a um certo ecossistema e a poluição. Sem contar com o tráfico de animais silvestres, que movimenta cerca de 10 bilhões de dólares por ano.
Isso sem falar de explosão demográfica, crescimento urbano, energia, erosão e desertificação, poluição do ar, do solo, dentre outros.
De todos os inconvenientes acima dissertados, pode-se dizer que o que tem chamado a maior atenção relaciona-se a clima, assim como o primeiro item. Estamos falando do aquecimento global.
O aquecimento global é o aumento da temperatura dos oceanos e do ar próximo da superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais recente. O fenômeno se manifesta como um problema na temperatura sobre as áreas populosas do Hemisfério Norte, entre o Círculo Polar Ártico e o Trópico de Câncer.Pesquisadores afirmam que este está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis na atmosfera. Estes gases formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa, já citado anteriormente. Este fenômeno ocorre porque estes gases absorvem parte significativa da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.
O desmatamento e a queimada de florestas também colaboram para este processo. Os raios de sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera, como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura do globo, aumento do nível dos oceanos, crescimento de desertos, aumento de furacões, ciclones e tornados, ondas de calor, enfim, fatores que afetam a estabilidade e a harmonia da vida na Terra.
Visto que o fenômeno tomou proporções mais prejudiciais do que o esperado para a sociedade, ocorreu o aumento na publicidade de descobertas científicas ao redor do aquecimento global, que resultou em debates políticos e econômicos. Vagarosamente, projetos têm sido postos em prática para reverter tal situação. Entre esses se podem destacar o Protocolo de Kyoto, que é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa, a Conferência de Bali e a Conferência de Copenhague.
O ser humano tem se conscientizado e, aos poucos, feito a sua parte para promover o bem-estar novamente à face terrestre. Os esforços de alguns ainda não tem sido o suficiente, mas esperamos, em breve, ser capazes de proporcionar um lugar melhor para que as novas gerações desfrutem.
Afinal, já disse Charles F. Ketterin: "Todos nós deveríamos nos preocupar mais com o futuro, até porque passaremos o resto de nossas vidas nele."
Comentários:
Cauê Moura
Michele Citolin
Sara Barletta
